A Cruz: diferenças entre revisões
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=== História === | === História === | ||
As igrejas cristãs começaram a utilizar a cruz como símbolo do cristianismo a partir da época de Constantino I do Império Romano, que reinou entre 306 e 337 d.C.<ref name=":2">12. Everett F. Harrison, “Cross”, BAKER'S DICTIONARY OF THEOLOGY, Baker Book House, 1960, p. 152</ref> Isto demonstra que a igreja não havia estabelecido a cruz por quase trezentos anos depois de Jesus até a época de Constantino. Entre os romanos, existia um sentimento geral de repugnância pelo fato da crucificação ser um instrumento de execução apenas para os criminosos mais notórios. Para os primeiros cristãos, que tinham a crucificação como um fato sombrio de comum experiência, não havia perigo de embelezar a cruz pelo sentimento,<ref name=":2" /> porque a cruz foi um dos instrumentos utilizados pelo Império Romano para executar os cristãos enquanto perseguia a igreja primitiva. É dito que o apóstolo Pedro também foi martirizado, pendurado de cabeça para baixo na cruz.<ref name=":0">THE CATHOLIC ENCYCLOPEDIA (A ENCICLOPÉDIA CATÓLICA), Vol. 4, ''The Encyclopedia Press, Inc.,'' 1913, p. 538</ref><ref>Everett F. Harrison, “Cross”, BAKER'S DICTIONARY OF THEOLOGY, ''Baker Book House'', 1960, p. 152</ref> A crucificação foi abolida no tempo de Constantino. | As igrejas cristãs começaram a utilizar a cruz como símbolo do cristianismo a partir da época de Constantino I do Império Romano, que reinou entre 306 e 337 d.C.<ref name=":2">12. Everett F. Harrison, “Cross”, BAKER'S DICTIONARY OF THEOLOGY, ''Baker Book House'', 1960, p. 152</ref> Isto demonstra que a igreja não havia estabelecido a cruz por quase trezentos anos depois de Jesus até a época de Constantino. Entre os romanos, existia um sentimento geral de repugnância pelo fato da crucificação ser um instrumento de execução apenas para os criminosos mais notórios. Para os primeiros cristãos, que tinham a crucificação como um fato sombrio de comum experiência, não havia perigo de embelezar a cruz pelo sentimento,<ref name=":2" /> porque a cruz foi um dos instrumentos utilizados pelo Império Romano para executar os cristãos enquanto perseguia a igreja primitiva. É dito que o apóstolo Pedro também foi martirizado, pendurado de cabeça para baixo na cruz.<ref name=":0">THE CATHOLIC ENCYCLOPEDIA (A ENCICLOPÉDIA CATÓLICA), Vol. 4, ''The Encyclopedia Press, Inc.,'' 1913, p. 538</ref><ref>Everett F. Harrison, “Cross”, BAKER'S DICTIONARY OF THEOLOGY, ''Baker Book House'', 1960, p. 152</ref> A crucificação foi abolida no tempo de Constantino. | ||
{{인용문 |Ele [Constantino] considerava a cruz com peculiar reverência [...] eliminou por lei a crucificação habitual entre os romanos, do uso dos tribunais. | {{인용문 |Ele [Constantino] considerava a cruz com peculiar reverência [...] eliminou por lei a crucificação habitual entre os romanos, do uso dos tribunais. | ||
|NICENE AND POST-NICENE FATHERS: SECOND SERIES VOL. II SOCRATES, SOZOMENUS: CHURCH HISTORIES (PADRES NICENOS E PÓS-NICENOS: SEGUNDA SÉRIE VOL. II SÓCRATES, SOZOMENUS: HISTÓRIAS DA IGREJA), Cosimo Classics, 2007, p. 245}} | |NICENE AND POST-NICENE FATHERS: SECOND SERIES VOL. II SOCRATES, SOZOMENUS: CHURCH HISTORIES (PADRES NICENOS E PÓS-NICENOS: SEGUNDA SÉRIE VOL. II SÓCRATES, SOZOMENUS: HISTÓRIAS DA IGREJA), Cosimo Classics, 2007, p. 245}} | ||
A perseguição do cristianismo pelo Império Romano terminou quando Constantino I promulgou o Édito de Milão em 313 e reconheceu o cristianismo. Constantino I teve uma política preferencial ao cristianismo e emitiu mais de 30 tipos de moedas que simbolizavam o cristianismo, e estas moedas levavam gravadas uma cruz.<ref>[https://www.bible.com/pt/bible/1608/JHN.21.ARA João 21:18-19]</ref> Com o apoio do imperador, a Igreja de Roma (agora Igreja Católica Romana) se expandiu e adotou os costumes religiosos pagãos, convertendo-os ao cristianismo.<ref>Michael Wood, PETER IS CRUCIFIED UPSIDE DOWN, 1001 DAYS THAT SHAPED THE WORLD, ''Quintessence'', 13 de outubro, p. 89</ref> Uma delas era a adoração à cruz. Na Igreja Católica Romana, a mãe de Constantino I, Helena, a qual era chamada “santa”, afirmava ter descoberto a Vera Cruz. Além disso, entre 320 e 345, a Igreja Católica Romana construiu o Monastério da Cruz e a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém com o pretexto de que precisavam de uma igreja para colocar a verdadeira cruz onde Jesus morreu. Através disto, estabeleceram uma festa para a dedicação da igreja e começaram a reconhecer a cruz como objeto de honra.<ref name=":3">[https://www.bible.com/pt/bible/1608/NUM.21.ARA Números 21:4-5] </ref> Foi por volta do ano 431, quando começaram a levantar cruzes no interior da igreja. Por volta do ano 568, foi instalada uma cruz no campanário de uma igreja.<ref>[https://www.bible.com/pt/bible/1608/JHN.21.ARA João 21:18-19]</ref> E depois, no ano 692, através do [https://www.britannica.com/event/Quinisext-Council Concílio de Trullo], Concílio Quinissexto, foi reforçado o culto à cruz. Após o Segundo Concílio de Niceia adotar oficialmente o culto à cruz em 787, as igrejas do mundo fabricaram diversos tipos de cruzes e as veneram até hoje.<ref name=":3" />{{인용문|As cruzes nas igrejas e câmaras foram introduzidas por volta de 431; e foram colocados nos campanários por volta de 568.|HAYDN'S DICTIONARY OF DATES (DICIONÁRIO DE DATAS DE HAYDN), Joseph Haydn e outros, E. Moxon and Co., 1866, p. 220}} | A perseguição do cristianismo pelo Império Romano terminou quando Constantino I promulgou o Édito de Milão em 313 e reconheceu o cristianismo. Constantino I teve uma política preferencial ao cristianismo e emitiu mais de 30 tipos de moedas que simbolizavam o cristianismo, e estas moedas levavam gravadas uma cruz.<ref>[https://www.bible.com/pt/bible/1608/JHN.21.ARA João 21:18-19]</ref> Com o apoio do imperador, a Igreja de Roma (agora Igreja Católica Romana) se expandiu e adotou os costumes religiosos pagãos, convertendo-os ao cristianismo.<ref>Michael Wood, PETER IS CRUCIFIED UPSIDE DOWN, 1001 DAYS THAT SHAPED THE WORLD, ''Quintessence'', 13 de outubro, p. 89</ref> Uma delas era a adoração à cruz. Na Igreja Católica Romana, a mãe de Constantino I, Helena, a qual era chamada “santa”, afirmava ter descoberto a Vera Cruz. Além disso, entre 320 e 345, a Igreja Católica Romana construiu o Monastério da Cruz e a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém com o pretexto de que precisavam de uma igreja para colocar a verdadeira cruz onde Jesus morreu. Através disto, estabeleceram uma festa para a dedicação da igreja e começaram a reconhecer a cruz como objeto de honra.<ref name=":3">[https://www.bible.com/pt/bible/1608/NUM.21.ARA Números 21:4-5] </ref> Foi por volta do ano 431, quando começaram a levantar cruzes no interior da igreja. Por volta do ano 568, foi instalada uma cruz no campanário de uma igreja.<ref>[https://www.bible.com/pt/bible/1608/JHN.21.ARA João 21:18-19]</ref> E depois, no ano 692, através do [https://www.britannica.com/event/Quinisext-Council Concílio de Trullo], Concílio Quinissexto, foi reforçado o culto à cruz. Após o Segundo Concílio de Niceia adotar oficialmente o culto à cruz em 787, as igrejas do mundo fabricaram diversos tipos de cruzes e as veneram até hoje.<ref name=":3" />{{인용문|As cruzes nas igrejas e câmaras foram introduzidas por volta de 431; e foram colocados nos campanários por volta de 568.|HAYDN'S DICTIONARY OF DATES (DICIONÁRIO DE DATAS DE HAYDN), Joseph Haydn e outros, E. Moxon and Co., 1866, p. 220}} | ||
=== Controvérsia === | === Controvérsia === | ||
A maioria das igrejas instala cruzes anexadas a seus púlpitos ou campanários. Contudo, os leigos não sabem que no mundo cristão houve controvérsias sobre a instalação de cruzes na comunidade religiosa. Algumas denominações proíbem a instalação de cruzes em igrejas de acordo com suas leis ou estatutos denominacionais. Eles acreditam que há um risco de promover a superstição de que orar diante de uma cruz pode ser mais eficaz. | A maioria das igrejas instala cruzes anexadas a seus púlpitos ou campanários. Contudo, os leigos não sabem que no mundo cristão houve controvérsias sobre a instalação de cruzes na comunidade religiosa. Algumas denominações proíbem a instalação de cruzes em igrejas de acordo com suas leis ou estatutos denominacionais. Eles acreditam que há um risco de promover a superstição de que orar diante de uma cruz pode ser mais eficaz. | ||